Attilio SCHIAVINATO

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Notizen zu dieser Person

* 10/09/1894 cf reg cc2 cc2 https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:3Q9M-CSFT-49P7-8?personaUrl=%2Fark%3A%2F61903%2F1%3A1%3A6X87-73VC Attilio Schiavinato, filho de Luigia Toniol e Vincenzo Schiavinato, nasceu aos 10 de setembro de 1.893 em Treviso, na Itália. Juntamente com seus pais imigrou para o Brasil no final dos anos 1.800, tendo a família se assentado em Cosmópolis, interior paulista, para trabalhar na lavoura de cana da Usina Ester, de açúcar e álcool. Foi na Usina que ele desenvolveu suas aptidões na manutenção das caldeiras; primeiro enchendo as fornalhas com madeira para queima, depois como caldeireiro. Daí, foi um passo para iniciar-se como ferroviário na Estrada de Ferro Funilense cujo nome advém da antiga denominação de Cosmópolis, que era Funil. Essa ferrovia tinha um percurso que ia de Campinas (Estação Bonfim) até a Estação Pádua Sales, poucos quilômetros além de Conchal. Tinha como finalidade primordial o transporte de açúcar desde a Usina Ester até Campinas de onde era distribuído para a Capital e várias cidades do Interior. Minha mãe, Laura, a filha mais velha de seu casamento com vó Irma Garutti, que era cosmopolense, nasceu naquela cidade e aportou em Araraquara com a mudança da família para cá em decorrência do ingresso do vô Attilio na Estrada de Ferro Araraquara como maquinista de terceira classe. Fez bela carreira na Estrada e chegou à condição de integrante da primeira classe, isto é, condutor de trens de passageiros. Com ele aprendi todas as estações do traçado da EFA, que nascia em nossa cidade e passava por pequenas cidades, como Tutoia, Cezário Bastos, Rosa Martins, Silvânia, Matão, Pimenta Bueno, Dobrada, Santa Ernestina, Carlos Magalhães, Engenheiro Varella, Taquaritinga, Jurupema, Icoarana, Cândido Rodrigues, Fernando Prestes, Santa Sofia, Santa Adélia, Jacaúna, Pindorama, Catanduva, Catiguá, Japurá, Uchoa, Cedral, Engenheiro Schmitt, S. José do Rio Preto, Gonzaga de Campos, Mirassol, Bálsamo e daí por diante, até as barrancas do Rio Paraná, onde se situa a última estação da EFA, Presidente Vargas, anteriormente chamada Rubinéia. Aprendi e decorei todos esses nomes acompanhando-o no preenchimento do relatório de viagem, o que ocorria após cada um de seus turnos de ida e volta até o final do traçado da ferrovia. Ao final dessa tarefa, ele apanhava seus apetrechos para barbear-se, as navalhas Solingen, o pincel já bem gasto, a tigelinha com restos de sabonete e a cinta de couro em que afiava suas lâminas, que herdei com sua morte. Era um deleite para mim, garotinho de 4, 5 anos ver os trejeitos faciais que ele fazia para caprichar no escanhoamento. Mais tarde usei as Solingen para depilar meus nadadores e companheiros de seleção paulista no Campeonato Brasileiro de 1.961, no Rio de Janeiro. Em 1940 meu pai, então com 20 anos, ingressou na Estrada como limpador de locomotivas. Depois foi lenheiro, ajustador mecânico e Chefe-Depósito, aqui em Araraquara, em Silvânia e, posteriormente, em Tabatinga. Aposentou-se depois de mais de 40 anos servindo a EFA. Meu tio Genésio também ingressou na Estrada e fez carreira burocrática na chamada Contadoria, onde se aposentou como Chefe de Escritório. Também meu irmão, Wilson, foi ferroviário tendo acessado o quadro da EFA como lavador de carros. Ficou pouco tempo no serviço público e fez carreira como proprietário de estúdio fotográfico, madeireira e como comprador da Duhr do Brasil e representante comercial. Vô Attilio era muito habilidoso com as mãos e, além de fazer suas redes, covos e tarrafas, criava segredos para caixas e travas de portões, além de níveis para os potes de barro para água que sempre teve em sua casa (como eu na minha). Também me dava uma valiosa mão na feitura dos trabalhos manuais em madeira que o professor Francisco Alarcão nos passava, no IEBA, onde me formei no então Curso Ginasial. Sabia organizar encontros com os familiares e gostava muito de recepcionar os filhos e netos em sua casa. Também gostava de reunir seus amigos José Breffe e seu filho Breffinho, José Carlos Brunetti, Mestre Jorge, Tambiú, Nardinho, Zé do Breque, Professor Badola, os genros Zé Orselli e Jeronimo Peiró, o filho Genésio e até este seu neto, para sensacionais trucadas nas tardes de sábado e manhãs de domingo num ranchinho que construiu para essa finalidade e "reinar" com seus serrotes, plainas e limas nos dias úteis. Fazia fumaça, como dizia, com seus "paieiros" que ele enrolava depois de picar o fumo e alisar com grande maestria as palhas de milho. Quando queria agradá-lo, levava-lhe pequenos rolos de fumo adquiridos na banca especializada do Mercadão. Gostava tanto desse presente quanto dos chapéus Prada ou Ramenzoni que lhe dava nos aniversários e Natais. Aprendi quase tudo com ele só vendo como se portava, como tratava as pessoas, como era pontual e correto. Só uma vez fez reparo ao que lhe disse. Ao informa-lo que ia me casar, perguntou: Você sabe quanto custa um quilo de sal? Como não sabia pus-me a pensar sobre a grande responsabilidade que iria assumir dando passo tão importante em minha vida. Morreu sem sofrer e sem fazer sofrerem todos os que o amavam e respeitavam. Uma morte igualzinha a que almejo para mim. Na foto, um privilégio. Cinco gerações unidas. Vô Attilio, sua filha e minha mãe, Laura, este s 32 anos. Por Antonio Carlos Orselli https://www.familysearch.org/tree/person/details/GWB7-QTT

Quellenangaben

Datenbank

Titel
Beschreibung
Hochgeladen	2023-05-18 04:31:51.0
Einsender	Roberto Petroucic
E-Mail	petroucic@yahoo.com
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