Notizen zu dieser Person
Mulata Equivocaram-se, portanto, os ilustres historiadores Lúcio José dos Santos[2], Miguel Santos e G. Hércules Pinto[3], entre outros, em atribuir a paternidade do menor João de Almeida Beltrão ao Inconfidente, pois Eugênia Joaquina da Silva era a filha mais velha de dona Maria Josefa, sendo aquela, mulher de José Pereira de Almeida Beltrão, colega de regimento de Joaquim José da Silva Xavier, segundo se extrai dos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira[4]. Aliás, se João de Almeida Beltrão não fosse filho de José Pereira de Almeida Beltrão, este, por certo, não o teria reconhecido. ------------- Filha dos portugueses Manoel da Silva e de Maria Josefa da Silva, chegados à Vila Rica com três filhas ainda meninas. «u»Eugenia Joaquina «/u»tinha quatro irmãos: Teodoro da Silva, Francisco da Silva, Maria Eugenia da Silva e Leonarda Eugenia da Silva. Ignora-se o paradeiro dos irmãos Teodoro e Francisco, sabe-se no entanto que sua mãe e irmãs residiram com ela em Quartel Geral, levadas por seu filho João. O nome de João de Almeida Beltrão tem sua origem na época da divulgação da sentença de Tiradentes. Quando chegou a Vila Rica a noticia da sentença que condenava Tiradentes a morte e declarava infames todos os seus descendentes, uma jovem apavorada precisou desesperadamente por a salvo seu pequeno filho, antes que se espalhasse a noticia de sua paternidade. Assim foi procurar um amigo do pai de seu filho em quem depositava toda sua confiança. O próspero açougueiro «u»Luiz de Almeida Beltrão«/u», conhecido em Vila Rica pela alcunha de Mata Vaca, conhecedor do sertão, por onde viajava com frequência negociando e comprando animais para o seu matadouro, se incumbiu de sumir com mãe e filho. Eugenia com seu filho ainda de colo viajou incógnita levada pelo seu amigo e benfeitor para um lugar denominado de Quartel Geral, junto ao Rio Indaiá, e aí deixada aos cuidados de amigos de Mata Vaca. O nome Quartel Geral indica que o lugar surgiu ao redor de um dos quarteis criados com o fim de impedir o extravio de diamantes e de ouro. Enquanto mãe e filho viviam incógnitos, em suas constantes viagens, «u»Luiz de Almeida Beltrão «/u»foi propositadamente deixando escapar que tinha um filho natural, e graças a essa artimanha quando João completava 12 anos pode trazer o menino para Vila Rica, com o nome «u»João de Almeida Beltrão«/u», para aprender a ler e escrever. Com sse nome e por influência de Mata Vaca, João assentou praça, e como Cabo da milícia foi comandar o posto de Quartel Geral do Indaiá, onde morava sua mãe. Aí se casou com Maria Francisca da Silva, filha de um grande fazendeiro da família Alvares da Silva, com muitas propriedades na região. Com a morte do sogro, tornou-se grande proprietário, mas, excessivamente pródigo foi aos poucos vendendo suas terras, e esbanjou sua fortuna. Seus filhos, netos de Tiradentes, permaneceram residindo em Quartel Geral do Indaiá, mais tarde Dores do Indaiá, de onde a família se espalhou para outros pontos de Minas e Goiaz. Maria Francisca da Silva, faleceu em Uberaba onde moravam alguns de seus filhos e netos. Foram filhos do casal: