Aparicio Fernando Brinkerhoff TORELLY

Aparicio Fernando Brinkerhoff TORELLY

Eigenschaften

Art Wert Datum Ort Quellenangaben
Name Aparicio Fernando Brinkerhoff TORELLY [1]

Ereignisse

Art Datum Ort Quellenangaben
Geburt 28. Januar 1895 Rio Grande do Sul, Brasil nach diesem Ort suchen [2]
Taufe 23. September 1896 Rio Grande do Sul, Brasil nach diesem Ort suchen [3]
Tod 27. November 1971 Rio de Janeiro, Brasil nach diesem Ort suchen [4]
Heirat 1921 São Gabriel, Rio Grande do Sul, Brasil nach diesem Ort suchen
Heirat
Heirat
Heirat etwa 1960

Ehepartner und Kinder

Heirat Ehepartner Kinder
1921
São Gabriel, Rio Grande do Sul, Brasil
Alzira ALVES
Heirat Ehepartner Kinder

Zoraide X TORELLY
Heirat Ehepartner Kinder

Juracy X
Heirat Ehepartner Kinder
etwa 1960
Aida COSTA

Notizen zu dieser Person

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação Rodrigo Maciel Jacobus Um nobre bufão no reino da grande imprensa A construção do personagem Barão de Itararé na paródia jornalística do semanário A Manha (1926-1935) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação (linha de pesquisa Comunicação, representação e práticas culturais) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Comunicação e Informação. Orientação: Prof.a Dr.a Cassilda Golin Costa (Cida Golin) TORELLI, Aparício *jornalista; membro ANL. Aparício Torelli, também conhecido pelo pseudônimo de barão de Itararé, nasceu em São Leopoldo (RS) em 1895. Sua mãe era uruguaia. Seu pai, brasileiro, combateu a Revolução Federalista, ao lado dos republicanos castilhistas. O conflito, que envolveu o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná de fevereiro de 1893 a agosto de 1895, terminou com a vitória dos partidários do presidente gaúcho, Júlio de Castilhos, que contavam com o apoio do governo federal. Torelli viveu no Uruguai em uma fazenda de suas tias até 1902, quando voltou a São Leopoldo para estudar no Colégio Nossa Senhora da Conceição. Nessa escola, dirigida por padres jesuítas, produziu o seu primeiro jornal, O Capim Seco, clandestino e escrito inteiramente à mão, no qual satirizava seus professores. Posteriormente estudou medicina em Porto Alegre e durante o curso, em 1916, publicou seu primeiro livro de poemas, Pontas de cigarro, de versos diversos. Em 1919 abandonou a faculdade, já no quarto ano, e passou o período seguinte percorrendo as cidades do interior do Rio Grande do Sul, fazendo conferências de improviso em teatros e cinemas. Empregando os pseudônimos Aporelli e AxL, colaborou na época com sonetos para jornais e revistas, como Kodak, revista modernista, A Máscara e O Maneco, e, ainda no Rio Grande do Sul, fundou o jornal humorístico O Chico. Em 1925 mudou-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde trabalhou como jornalista de O Globo e depois no A Manhã, de Mário Rodrigues. Em maio de 1926 fundou A Manhã jornal humorístico que procurava imitar A Manhã na diagramação da primeira página e que tinha por subtítulo "órgão de ataques... de riso". Sem periodicidade fixa, A Manha era quase que inteiramente escrita por Torelli e seu alvo principal eram os políticos da República Velha, o que o levou a fazer frases como: "O mistério de hoje pode ser o ministério de amanhã". Durante a campanha da Aliança Liberal em 1929 e 1930, A Manha tornou-se um suplemento do Diário da Noite em apoio ao movimento. Com a vitória da Revolução de 1930, da qual participou, Torelli adotou o pseudônimo de barão de Itararé, em homenagem à batalha de Itararé entre as forças legalistas e os revoltosos, que não chegou a ocorrer. Transformou A Manha em órgão independente, "que não se vende, apenas se troca por quinhentos réis". O jornal era composto, então, por profecias de fim de ano, página literária, noticiário policial e seção de esportes, sempre tendo os políticos como principais personagens. Em 1933, à frente da equipe do Jornal do Povo, em que também trabalhava, Torelli anunciou uma série de reportagens sobre a vida de João Cândido, que liderara a Revolta da Chibata, rebelião de marinheiros ocorrida em navios da Armada em novembro de 1910, em protesto contra os castigos corporais e reivindicando melhoria de vencimentos, que terminou reprimida com severidade. Saíram duas das reportagens previstas, mas, quando da terceira, Torelli foi seqüestrado por oficiais integralistas da Marinha e conduzido para a Barra da Tijuca, onde foi espancado e depois abandonado com a cabeça raspada e em trajes sumários. Suas roupas foram em seguida entregues à redação de O Globo e exibidas. Em conseqüência desse episódio, mandou fixar uma tabuleta na porta da redação do Jornal do Povo: "Entre sem bater." Em outubro de 1934 foi criado um grupo no Distrito Federal que começou a estudar a formação de uma frente que defendesse um programa nacionalista e antifascista, que mais tarde viria a ser constituída como a Aliança Nacional Libertadora (ANL). Esse grupo, do qual Torelli fazia parte, era formado ainda por Roberto Sisson, Francisco Mangabeira, Carlos Lacerda, Manuel Venâncio Campos da Paz e Benjamim Soares Cabello. Mais tarde Herculino Cascardo, Carlos Amoreti Osório, Moésia Rolim, Trifino Correia e outros também aderiram. As reuniões inicialmente realizavam-se no apartamento de Amoreti Osório, no escritório de Rolim ou na redação de A Manha. Em março de 1935 a ANL foi lançada publicamente com a participação de membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB), então Partido Comunista do Brasil, do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e dos diversos partidos social democráticos estaduais, além de sindicatos de trabalhadores. Ainda em 1935, Torelli foi membro fundador da Liga de Defesa da Cultura Popular, ligada à ANL. Em julho, a ANL foi fechada pelo governo. No mês de novembro de 1935, uma parte da ANL sob a liderança do PCB iniciou em Natal, em Recife e no Rio de Janeiro uma insurreição armada, que acabou sufocada em pouco tempo pelas forças governamentais. Seguiu-se ao levante uma onda de repressão sobre os aliancistas e A Manha deixou de circular em 1936, com a prisão de Torelli, acusado de participação na rebelião. Após a instauração do Estado Novo (1937-1945) em novembro de 1937, Torelli foi companheiro de cela no presídio da rua Frei Caneca do escritor Graciliano Ramos, que o citou em seu livro Memórias do cárcere. Na ocasião Torelli declarou a Graciliano que havia adotado inicialmente o título de duque de Itararé, passando depois a barão "como prova de modéstia". Depois de libertado, foi delegado do Distrito Federal ao I Congresso Brasileiro de Escritores, que se realizou em São Paulo, promovido pela Associação Brasileira de Escritores, de 22 a 27 de janeiro de 1945. O congresso, que reuniu expressivo número de intelectuais de variadas tendências políticas e emitiu uma declaração em favor da democracia e das liberdades públicas, constituiu uma contundente tomada de posição contra o Estado Novo. Quando do decreto de anistia de 18 de abril de 1945, pelo qual foi beneficiado, Aparício Torelli declarou: "A anistia é um ato pelo qual os governos resolvem perdoar generosamente as injustiças e os crimes que eles mesmos cometeram." Em agosto de 1945, integrou a comissão provisória da Esquerda Democrática (ED), organização formada por dissidentes da União Democrática Nacional (UDN), partido que surgira agregando diversas tendências políticas de oposição ao Estado Novo, mas que começara a adotar posições mais conservadoras. Da ED faziam parte, entre outros, Hermes Lima, Herculino Cascardo, Juraci Magalhães, João Mangabeira, Domingos Velasco e José Lins do Rego. Ainda em 1945 Torelli foi sócio de Arnon de Melo num projeto para relançar A Manha, mas rompeu a sociedade por divergir do apoio de Arnon à candidatura de Eduardo Gomes (UDN) nas eleições presidenciais daquele ano. Recriou A Manha em 1946 e nessa nova fase o jornal contava entre seus colaboradores com Rubem Braga, José Lins do Rego, Aurélio Buarque de Holanda, Carlos Lacerda, Raul Lima e Pompeu de Sousa. Torelli elegeu-se vereador pelo Distrito Federal, na legenda do PCB, nas eleições de janeiro de 1947. Com o cancelamento do registro do partido em maio de 1947 e a posterior cassação dos parlamentares comunistas em janeiro de 1948, perdeu o mandato. Nessa época colaborou no jornal Para Todos, quinzenário de cultura brasileira dirigido por Jorge Amado, e lançou também o Almanaque. A Manha perdurou até 1957, quando Torelli deixou o jornalismo para se dedicar a viagens durante as quais fazia palestras. Em 1963 visitou a República Popular da China como conferencista. Poucos anos depois, doente, passou a viver em seu apartamento no Rio de Janeiro, de onde raramente saía. Faleceu nessa mesma cidade em 27 de novembro de 1971. FONTES: CARVALHO, A. Estadistas; CONG. BRAS. ESCRITORES. I; Encic. Mirador; LEITE, A. História.; MACEDO, R. Efemérides; MELO, L. Subsídios; NABUCO, C. Vida; NÉRI, S. 16; Realidade (1/69); SILVA, H. 1935; SODRÉ, N. História da imprensa; TAVARES, J. Radicalização; Veja (8/12/71). http://fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/torelli-aparicio

Quellenangaben

1 "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  
Autor: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
Angaben zur Veröffentlichung: (http://www.familysearch.org)
Kurztitel: FamilySearch.org
2 "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  
Autor: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
Angaben zur Veröffentlichung: (http://www.familysearch.org)
Kurztitel: FamilySearch.org
3 "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  
Autor: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
Angaben zur Veröffentlichung: (http://www.familysearch.org)
Kurztitel: FamilySearch.org
4 "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  
Autor: The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints
Angaben zur Veröffentlichung: (http://www.familysearch.org)
Kurztitel: FamilySearch.org

Datenbank

Titel
Beschreibung
Hochgeladen 2023-05-18 04:31:51.0
Einsender user's avatar Roberto Petroucic
E-Mail petroucic@yahoo.com
Zeige alle Personen dieser Datenbank

Herunterladen

Der Einsender hat das Herunterladen der Datei nicht gestattet.

Kommentare

Ansichten für diese Person